Colaboradores

domingo, 16 de fevereiro de 2014

KAFKIANO

Em um dia impoluto pude perceber um falcão dourado dançando entre as nuvens.
Expondo minha ingênua alma em uma sensação que não era recente para mim, mas que eu não apreciaria senti-la novamente
Eu não queria mais aquela congregação com as pessoas íntimas que eram, ao mesmo tempo, remotas.
O martírio era conduzir esses lírios brancos, muito menos sentir aquele corrupto cheiro familiar.
Observei atentamente o patriarca e seus herdeiros.
Em cada feição uma sentença era exposta e eu avistava lembranças maviosas, penitências, padecimentos e clemência.
Em suas ponderações distantes, cada pessoa cuidava de si. Internei-me em um casulo escuro como o oceano mais profundo, tentando me ludibriar e forçando a acreditar que estaria me cortejando.
A natureza amputou minhas pernas, me obrigando a me arrastar como carraças.
Tive que me adaptar como um deficiente costuma fazer!
Conciliar a essa variação foi como me unificar a uma posição kafkiana.
Nunca seremos absorvidos pelas divergências com os parasitas genéricos.

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