Colaboradores

sábado, 21 de maio de 2016

A estação dos pesares


Beba os passos de um homem fracassado
Beba, beba, até perder o fôlego
A admiração cai para os desacreditados
O efeito colateral do duplo sentido consome e desaprova sem receios

É tarde demais para cobrir os olhos refletidos pela lua do norte
É tarde para apreciar possibilidades
Descanse as bençãos nos distorcidos
Gritaram a respeito de uma velhice sem histórias e intensidades

Um mundo sem simpatia envolve suas quedas
Um mundo que perdura armas silenciosas
Finalmente um estado sem luta será aceito
Escute a estação dos pesares em consentimento

Porque contaram fatos diretos compostos por incertezas?
Porque ouvir falsas alegações?
Espere andar em círculos para quebrar a todos
O tempo desacreditado para o hoje se tornará eterno        

 

O silêncio da idade


Expectativas guardadas e trancadas em um bolso qualquer
enquanto os sonhos perdidos completam as páginas dos anos torturados

As esquinas absorvem os gritos urbanos e íntimos
Não diga que as mensagens movem interesses particulares
Vozes interrompidas pela pressa do ponteiro

Você se lembra dos contos desastrados de alguém impuro?
Das cinzas tiramos o alimento diário da sabedoria

Descendo a avenida da avidez todos caímos pelo caminho
Pinheiros tornam a cena desconcertada e cômica
Agora estamos socados em uma vista única

Vivendo uma, duas, três vezes, o show excêntrico é sempre o mesmo
A experiência, neste caso, não significa a capacidade de compreender e se adaptar

A esperança serve apenas para desviar o foco do cotidiano deplorável
O amor consola apenas os espíritos que transbordam apego e dependência
Cada chance de progresso é descartada em uma estrada sem quilômetros