ISOLAMENTO
Seguindo inabitado pela estrada, ele será mais um ninguém
Basta a natureza abrir as portas para o mais novo refém
Diga aos mais novos que o sol não vai deixar de se pôr
E aos sábios que o tempo curto será bem empregado
O homem observa um mausoléu e um lindo pinheiro
Há um longo período não existe nenhum movimento do ponteiro
Os sonhos são como peças que não se encaixam
Embora uma imagem projetada cause um leve sorriso
A terra cinza ganha uma cor diferente com a lua melancólica
Sombras percorrem essa personalidade bucólica
Em cada canto vazio tudo está pintado de preto
E o crocitar de um corvo negro anuncia que o desejo se aproxima
A expressão da floresta se encontra saciada
Falsas simpatias surgem a cada irônica piada
Esperando por uma carona que refletisse as cores quentes
Apenas alucinações de uma esperança nunca antes notada
Pensar se é necessário confinar os pés ou prosseguir
Talvez levar à intuição da simplicidade ou meramente desistir
Livre é o homem que mantém o pensamento absterso
E possui uma autoestima sólida que o faz pensar no amanhã
A depressão ecoa entre folhas e troncos mortos
Enquanto você peregrina em passos tortos
A escuridão abriga suas ambições em uma ciranda
Nada é tão cristalino e próspero quanto o córrego que contorna as rochas
Avistando uma torre medieval feita de tijolos
Um sino toca em um mosteiro retendo os seus consolos
A fumaça guiada pelo vento representa uma vida mal seguida
E o final será com cinzas em um vaso ornamentado
Crise existencial moderna | Poemas distorcidos, kafkianos, ilustrações, arte e crônicas. Inquirições com um grande ponto de interrogação (?). Rola também alguns raros documentários traduzidos (postados no youtube).
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