Colaboradores

quinta-feira, 27 de novembro de 2014


A solidão é um lugar para acomodar os pensamentos
Onde o silêncio habita, as ideias gritam
Onde o desespero se torna presente, os conceitos se desintegram
Um aperto que narra traumas cicatrizados em memória

É assim que os eventos começam a surgir
Eles cospem muito mais do que as horas exploram
O céu aponta para as coisas que ela disse ou deixou de dizer
E você mantém os problemas em um sorriso sem formas honestas

As pernas quebradas criam um amor irracional
O único erro foi acreditar que aprendemos com os erros
Ilusões são concebidas para matar os desejos
Esperanças são sentidas para rasgar a realidade


É exatamente o mesmo roteiro e protagonista
Diferenças que contornam apenas o coadjuvante
O descontrole passa pelas mãos e percorre o dia
Caindo como o amor que implora pela eternidade

A insegurança é o preço cobrado
por uma infância livre de movimentos maternais
Como eu queria me livrar de uma dependência
colocada em uma perspectiva de carência

Flashbacks que deveriam ser uma suposta aprendizagem
Coleção de falso entendimento
Não há importância em desistir do progresso
quando a certeza sempre esteve esculpida e assinada

Os entes se derramam em luto de lembranças e histórias
tão curto quanto uma chuva de verão
O que foi deixado para trás se tornou mais ríspido
Matamos o tempo como forma de protesto

sábado, 15 de novembro de 2014

Quem nos poderia dizer que sonhos são marcadores de esperanças, quando nos encontramos em um constante funeral de lembranças?

Quem nos poderia garantir que amanhã será consideravelmente melhor do que hoje, já que a realidade é a soma das expectativas e ambições.

Nada tem a capacidade de retirar 24 horas que exploram nossas fraquezas e escondem nossas qualidades. Tornar-se melhor é uma possibilidade, dispensar as péssimas memórias é um fardo.

Relembre os erros cometidos, pois até aquele não intencional tem o seu poder e a sua parcela de sofrimento.

Inverta as ambições pelos sonhos, pois a falsa possibilidade nos permite deslocar-nos da realidade.