Colaboradores

sábado, 21 de maio de 2016

O silêncio da idade


Expectativas guardadas e trancadas em um bolso qualquer
enquanto os sonhos perdidos completam as páginas dos anos torturados

As esquinas absorvem os gritos urbanos e íntimos
Não diga que as mensagens movem interesses particulares
Vozes interrompidas pela pressa do ponteiro

Você se lembra dos contos desastrados de alguém impuro?
Das cinzas tiramos o alimento diário da sabedoria

Descendo a avenida da avidez todos caímos pelo caminho
Pinheiros tornam a cena desconcertada e cômica
Agora estamos socados em uma vista única

Vivendo uma, duas, três vezes, o show excêntrico é sempre o mesmo
A experiência, neste caso, não significa a capacidade de compreender e se adaptar

A esperança serve apenas para desviar o foco do cotidiano deplorável
O amor consola apenas os espíritos que transbordam apego e dependência
Cada chance de progresso é descartada em uma estrada sem quilômetros





















 

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