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quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

O POMAR DOURADO

Em uma torre apontada para o norte
um sino de bronze ressoava pontualmente
Era o comunicado da reunião dos monges
As velas iluminavam os corredores de pedra

Peregrinavam para a igreja com suas vestes monásticas
Acostumados com os ornamentos de ouro e prata
No jardim, o vento ressonava como cantos gregorianos
E um falcão planava entre as cordilheiras

Os monges mais altaneiros utilizavam uma cruz ansata
Seguindo o legado da escrita hieroglífica egípcia
Numerosas imposições amofinava o monge Amrrique
O abade era visto como um tirano chauvinista

As orações não asseguravam mais Amrrique
Eram como sentenças soltas e incongruentes
O monge adotou uma postura enérgica
E retirou dos seus aposentos a Cruz de São Pedro

Carregando sua cruz e estimulado pelo abade
que era visto utilizando um círculo com um ponto no centro
Caminhou até um pomar envolto em carvalhos
e pronunciou-se a inserir seu nome perpetuamente em uma pedra

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