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segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

Recordações e autoestima lúgubres


A cada porta aberta incontáveis são trancadas
E nada é tão infernal quanto a exigência em demasia
A cada segundo o fato se concretiza como construções arcaicas
enquanto o nariz forma reservadas sensações de abatimento e euforia

A estação é de sensatez em sua indenidade
Entender que moral e ética formam-se como um filho primogênito
O perfeccionismo (termo vulgar) do caráter leva à demência
Os gatos negros observam como juízes, aguardando apenas por um disparo ou nylon

O peso é demasiado para conduzi-lo
Histórias mal relatadas fabricam a inventividade desumana
Recordações que o tornam o único e exclusivo erro
Uma despesa única; ominosa

Lírios e papoulas ornamentam uma grande avenida
E os corvos, com seus olhares negros, conduzem uma multidão e uma caixa
contendo um fantoche que um dia foi um servo de uma sociedade prostituída
É o fim das palavras impensadas; da falsa felicidade e do falso bom humor

Prantos, compunções e sorrisos fazem parte da caminhada como se a mesma
fosse ter sua chegada em um boteco de esquina
Não há preocupação alguma em manter relembranças felizes
Afinal de contas, tolo é aquele que confia em comportamentos universais dissimulados

A cada flor e sorrisos lágrimas descartados durante o ato final,
Uma pá de cabo longo e uma colher de pedreiro transformam-se
como os pincéis de pintores como Caravaggio, Goya e Gustav Klimt
O desfecho, a última terra batida pela pá, encerra-se com as cordas de sustentação

E  o som do verdadeiro (?) amor possui a doçura e a pureza da sinceridade (disfarce)

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